quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Maria Gadú consolida seu espaço na cena brasileira com o disco "Mais uma página"

Uma carreira profissional que mal completou três anos e já tem indicação ao Grammy, discos aclamados pela crítica e pelo público e várias músicas emplacadas em trilhas de produções globais. Sem dúvida, um sucesso meteórico. E talvez por esse êxito tão rápido, também há quem torça o nariz para a cantora e compositora Maria Gadú, de 25 anos, taxando-a de um “produto fabricado pela mídia”. Polêmicas à parte, o fato é que a artista paulistana que se tornou a queridinha de Caetano Veloso, chegando a gravar com ele um CD e um DVD ao vivo, vem cada vez mais conquistando espaço entre as estrelas da MPB e acaba de lançar seu segundo álbum de estúdio, Mais uma página. Um “disco de banda”, como ela própria definiu, que teve o repertório todo definido por Gadú. As 14 faixas, oito autorais, mesclam de tudo um pouco e trazem boas surpresas, como a que abre o disco, No pé do vento, uma parceria da cantora com Edu Krieger.

Outra que se destaca é Estranho natural, que guarda uma explicação interessante: nasceu a partir de dois momentos singulares na vida da cantora. O primeiro foi o encontro com Caetano Veloso, um dos seus grandes ídolos e referências, e com quem ela dividiu o palco e chegou a achar “estranho” estar tão próxima dele; e o segundo foi ter sido convidada por um dos seus melhores amigos, o diretor Caio Sóh, para fazer a trilha do seu longa-metragem, Teus olhos meus. Com os versos “Meu canto hoje dobra as tuas notas/ Me olhas como se fosse normal/ Me coro ao seguir a tua rota/ Meu abraço te amarrota/ Meu estranho natural”, a canção conquista pela sonoridade e poesia. Maria Gadú chegou a afirmar que a composição era a música-tema tanto do filme quanto de sua própria vida.

Parcerias
Das faixas compostas por Gadú, cinco foram em parceria, uma novidade na trajetória da artista. Chiara Civello, Edu Krieger, Maycon e o norte-americano Jesse Harris foram os eleitos. Quem não poderia estar de fora desse novo trabalho é o cantor e compositor Dani Black, grande amigo da cantora, que chegou a gravar Aurora e Só sorriso, de autoria dele, no Maria Gadú – Multishow ao vivo e agora se faz presente com a dançante Linha tênue e em uma das faixas mais bonitas do CD: Axé acapella

Apesar do disco ter acabado de sair do forno, o público já conhecia pelo menos uma de suas música há algum tempinho: a regravação de Oração ao tempo, de Caetano, tema de abertura da novela A vida da gente. A convite do diretor da atração, Jayme Monjardim, Maria Gadú não pensou duas vezes para soltar a voz na faixa e a considera um grande presente. Aliás, foi numa novela global que a cantora e compositora acabou se revelando quando Shimbalaiê, composta quando ela tinha apenas 10 anos, foi incluída na trilha de Viver a vida, em 2009.

O álbum, produzido por Rodrigo Vidal e lançado pela Som Livre, conta com participações especiais, como a de Lenine, em Quem?, e a do português Marco Rodrigues em A valsa. A banda, que acompanha a cantora nos shows, é formada por Cesinha (bateria), Fernando Caneca (guitarra e violão tenor), Doga (percussão), Gastão Villeroy (baixo) e Maycon (teclados). Encerrando o disco, uma canção que Maria Gadú começou a cantar de improviso só com voz e violão durante uma de suas apresentações, surpreendendo toda a banda: Amor de índio, de Beto Guedes e Ronaldo Bastos. O resultado contagiou tanto os músicos quanto a plateia e acabou indo parar em Mais uma página.
Fonte: Divirta-se

Maria Gadú vai desfilar no Carnaval de São Paulo ao lado de Caetano Veloso

O desfile da Águia de Ouro vai levar para o Anhembi no sábado, 18 de fevereiro, diversos famosos, incluindo a cantora Maria Gadú (25). O enredo da escola no Carnaval de 2012 será A Tropicália da Paz e do Amor, que vai homenagear Caetano Veloso (69) e Gilberto Gil (69), além do cineasta Fernando Meirelles (56). 
Gadú vai ser destaque do carro alegórico sobre festivais. 
Além desses famosas, a Águia de Ouro vai colocar para sambar na avenida os cantores Valesca Popozuda, Vanusa, Vanderleia, Tom Zé, Angela Maria, Cauby Peixoto, Pepeu Gomes, Cindy Mendes e Rita Cadilac, os atores Toni Tornado, Barbara Paz e Nicole Puzzi, o diretor de cinema Marcelo Machado, as ex-BBBs Tessália e Michele e a escritora Raquel Pacheco, a Bruna Surfistinha.
Fonte: Caras

Maria Gadú curte a noite de domingo na festa Bailinho, Rio de Janeiro

A cantora Maria Gadú esteve neste domingo(08/01) na festa Bailinho, que aconteceu no MAM, localizado no bairro do Flamengo, Rio de Janeiro, mas antes fez questão de prestigiar o show do músico Chico Buarque. "Estava no show do Chico com a minha mãe e chorei muito. O peito está quente, foi muito especial. É muito mágico, muito lindo! Vim porque estou muito feliz e tinha que comemorar!".

Maria Gadú discreta no segundo disco

O CD e DVD Multishow ao vivo - caetano Veloso e Maria Gadú foi bom para a cantora novata, que se tornou conhecida no país inteiro. Por outro, fez co mque ela fosse submedtida a uma exposição que não parece estar dentro do seu estilo. O disco e DVD venderam 200 mil cópias, ótimos números na época atual, de pirataria galopante e download facilitados, por conta disso ela cantou muito no rádio, apareceu na TV, e se apresentou pelas principais cidades do país com Caetano Veloso. Excesso de sucesso leva a uma natural antipatia por parte de uma parcela do público consumidor de cultura.

A paulista, nascida em 1986, teve uma carreira de ascensão meteórica. Dos barzinhos cariocas, passou para a badalada minissérie sobre a cantora Maysa. Foi o filho de Maysa, Jaime Monjardim quem primeiro abriu as portas para Maria Gadú, que estreou na TV exatamente nesta minissérie, cantando Ne me quitte pas, de Jacques Brel. Logo cairia nas gaças de Milton Nacimento e do ídolo Caetano Veloso. Seu disco de estréia Maria Gadú (2009), teve atenção especial da Som Livre (ela lançou pelo selo alternativo Slap, da gravadora global). vendeu até agora mais de 200 mil cópias.

Agora ela chega ao teste do segundo disco, Mais uma página, o título. Gravado durante as viagens com Caetano Veloso, e saído enquanto o Multishow ao vivo ainda ia com carreira embalada, o disco teve pouca badalação. A cantora não fez entevistas para promovê-lo. Assim como no primeiro CD, ela não parece querer chamar atenção sobre si, começando pela capa, que não privilegia foto sua, até o conteúdo atribuído à banda, ou seja, a ela  Maria Gadú (voz, violões), Cesinha (bateria), Fernando Caneca (guitarra e violão tenor), Doga (percussão), Gastão Villeroy (baixo) e Maycon Ananias (teclados). Duas faixas tem a assinatura do tecladista Maycon Vianna. Porém Mais uma página é, antes de tudo, e sobretudo, um disco de Maria Gadú, o que nem as várias parceria modificam. O nome do álbum foi extraído da letra de No pé do vento (dela e Edu Krieger): “Digo mais uma página do mesmo livro/porque cada passo é uma página de uma mesma história”.

das 15 faixas, oito foram compostas por Maria Gadú.E as parcerias desta vez cruzam fronteiras. Com o premiado, com o Grammy, Jesse Harris há duas, as baladas Like a rose, e Long long time (mais Maycon Ananias). Com o português Marco Rodrigues, um dueto em Valsa. Axé Capella (de Luisa Maita e Dani Black). Também de personalidade forte, Ana Carolina imprime sua marca em Reis (feita a seis mãos, com Maria Gadú e Chiara Civello). Com Lenine, Maria Gadú canta a sua Quem?. Caetano Veloso não está no disco, ao menos cantando. Além de Tempo tempo tempo, é dele a declaração de admiração, ao mesmo tempo elegia, Estranho natural: “Será que te conheço desde a infância/ será que na infância eu parti/ prum mundo imaginado por você/ ou por você um mundo veio/ e a infância assim se foi”. O segundo disco, (o dividido com Caetano não conta) é a prova dos nove. Maria Gadú foi aprovada. Mais uma página ratifica a boa compositora de música pop, rock ligeiro, a intérprete de timbre particular e original. Não é um disco de difícil digestão, mas está longe das facilidades de Multishow ao vivo.
Fonte: JConline

Carnaval 2012: Maria Gadú será destaque da Águia de Ouro

A Águia de Ouro acaba de confirmar a presença de Maria Gadú no desfile deste ano. A cantora é um dos principais nomes da MPB moderna e vai se juntar a um elenco de estrelas que estarão na avenida representando o tropicalismo.
Além de Maria Gadú, também serão destaques da escola da Pompeia nomes como Caeteano Veloso, Gilberto Gil, Vanusa, Tom Zé, Ângela Maria, Cauby Peixoto, Vanessa da Mata, além do cineasta Fernando Meirelles. Tudo para mostrar, como diz o nome do enredo, a “Tropicália da Paz e do Amor! O Movimento Que Não Acabou”. Outra homenagem programada é ao apresentador Chacrinha, que será lembrado em um dos carros alegóricos.
“Para mim é muito importante que uma escola de São Paulo pegue a tropicália como tema. O tropicalismo nasceu em São Paulo e em São Paulo sempre foi melhor entendido”, disse Caetano Veloso em um vídeo publicado no site da escola.
Além das personalidades da música, completam o elenco da Águia de Ouro a funkeira Valesca Popozuda, que ocupa o posto de rainha de bateria, a atriz Cinthia Santos, a Índia Potira, da “Escolinha do Gugu”, a empresária Lúcia Botelho, irmã de Luiza Brunet, e a ex-BBB Michelly Crisfepe.

Mais uma página para Gadú

As coisas aconteceram rápido para Maria Gadú. Em 2008, na flor de seus 22 anos, não era mais que uma ilustre desconhecida tentando a sorte nos barzinhos da Tijuca e da zona sul carioca. Por sorte, seria vista por alguns poderosos do meio artístico - Jayme Monjardim, entre eles. Ao ouvi-la numa versão de "Ne Me Quitte Pas" (Jacques Brel), o diretor global prontificou-se em convocar a moça para a trilha da superprodução "Maysa". De quebra, Gadú ganharia ainda uma ponta como atriz na minissérie. Estava carimbado seu passaporte para o "hype", portanto.

Lançado pouco depois, o álbum de estreia "Maria Gadú" (2009) emplacou um tema de novela ("Shimbalaiê") e vendeu perto de 110 mil cópias - um êxito e tanto em tempos de crise fonográfica. A cantora, então, já era uma celebridade quando lhe veio o bombástico convite do canal Multishow: gravar um CD/DVD ao vivo ao lado de ninguém menos que Caetano Veloso. Foi uma precoce coroação, vale considerar. Dividir uma capa de disco com Caetano pode não significar necessariamente sua consagração, mas lhe garante uma vaga permanente nos anais da MPB.

Em seu segundo trabalho de estúdio, Maria Gadú chega cheia de moral, quando, na verdade, ainda deveria ter muito o que provar - e "Mais Uma Página" não prova muita coisa. Entre temas autorais e releituras, a paulista (carioca radicada) entrega pouco além do previsível. A banda é a mesma do primeiro disco, tal como o produtor (Rodrigo Vidal).

Trazendo os versos que batizam o disco, a abertura "No Pé do Vento" antecipa o melhor. O arranjo é híbrido; embaralha variados elementos da música latina sob uma elegante moldura de sopros. Encorpada por teclados "vintage", "Anjo de Guarda Noturno" mantém a boa impressão até revelar uma melodia que bem caberia na voz da Ana Carolina - referência que, dependendo do ponto de vista de cada um, pode soar mais que pejorativa. "Taregué" nada tem de errado, exceto pelo pretenso rebuscamento da letra: "Taregué foi pro mundo com Zaino e pé/ Querendo encontrar, colheu/ E girando no sonho se enlaçou/ Espasmos de ar e Zeus, véus de amores..."

"Estranho Natural" é uma honesta homenagem a Caetano, também lembrado na releitura de "Oração ao Tempo", outro dos momentos mais inspirados de "Mais Uma Página". Cantada em inglês, "Like a Rose" mostra duas coisas: primeiro, que a pronúncia de Gadú é perfeita; segundo, que suas referências gringas não são as melhores. Certos maneirismos da faixa aproximam-se do mais enlatado "adult pop" americano.

Muito jovem, Maria Gadú tem um longo caminho pela frente. Cabe a ela decidir-se entre a cômoda aceitação de mercado (temporária) e o ímpeto de superação criativa que é a marca dos melhores artistas.

Participam de "Mais Uma Página" o fadista português Marco Rodrigues ("A Valsa") e Lenine ("Quem?").

Maria Gadú investe em músicas mais encorpadas, mas mantém a linha de seu primeiro disco

Maria Gadú pode não ser lá muito querida pelo público “descolado”, que acredita que a nova MPB está apenas nas casas de show paulistanas da rua Augusta. A cantora pode até ser popular, mas não tem o hype a seu favor e sua música foi tocada além da conta na TV. Contudo, de uma coisa ela não pode ser acusada: falta de talento. Talento ela tem, e exemplifica novamente com este segundo disco.

É verdade que a figura de Gadú foi um tanto repetitiva desde sua chegada ao mercado tradicional (isso porque ela demorou a assinar com uma gravadora, se levarmos em conta que desde os 13 anos cantava na noite de São Paulo). No primeiro álbum, os hits foram muitos – cinco músicas na Globo e a execução de “Shimbalaiê” (seu maior sucesso, mas longe de ser sua melhor música) até causar enjoo. Veio então o vislumbre do potencial de vendas da cantora, com a extração, até a última gota, de todas as possibilidades de comercialização do repertório de seu debute – primeiro, um pacote CD e DVD Multishow ao Vivo; depois, outro combo gravado nos palcos, desta vez no formato voz e violão, ao lado de Caetano Veloso, mesclando músicas dela a faixas dele. No meio desses “retrabalhos”, Gadú gravou Mais uma Página, uma junção de 14 músicas que mostra uma continuidade evolutiva na carreira da cantora.

O disco segue a mesma linha de violões bem trabalhados, elementos diferentes de percussão espalhados por entre as músicas e bateria mansa. A produção ficou novamente por conta de Rodrigo Vidal, e há participações já vistas antes. Dani Black, por exemplo, que participou do Multishow, é autor de duas faixas: a deliciosa “Linha Tênue”, um exemplo da grande qualidade de composição do músico (ex-5 a Seco, filho de Tetê Espíndola e Arnaldo Black), um dos destaques do álbum; e da levemente reggaeira “Axé Acapella”, em parceria com Luisa Maita, a primeira música de trabalho.

“No Pé do Vento” abre bem o disco, mostrando, em alguns versos, o espírito da trajetória que culminou nesse lançamento (“Cantando eu vivo em movimento/ E sem ser mais do mesmo ainda sou quem era”). E se em Maria Gadú ela escolheu fazer uma cover de “Baba Baby”, de Kelly Key, aqui ela foi para dois lados distintos: primeiro, uma versão de “Anjo de Guarda Noturno”, da banda de forró Bicho de Pé, selecionada por ter feito parte do repertório da cantora no tempo em que tocava em bares. A segunda seria dispensável – uma versão de “Oração ao Tempo”, de Caetano, com vocais desnecessariamente afetados, gravada a convite de Jayme Monjardim para a abertura da novela A Vida da Gente. Fechando o disco, uma terceira releitura, “Amor de Índio”, de Beto Guedes e Ronaldo Bastos.

A vontade de abraçar diversas línguas é um tanto irritante no conjunto, ainda que avulsas as músicas funcionem. Na estreia, Gadú arriscou em francês; aqui, canta em inglês (“Like a Rose” e “Long Long Time”, escritas com Jesse Harris, ex-marido de Norah Jones e compositor do megahit “Don’t Know Why”) e espanhol (“Extranjero”). Para completar, tem uma tentativa de fado em parceria com o cantor português Marco Rodrigues.

Como compositora, a artista de recém-completados 25 anos acerta na mosca em dois momentos. “Estranho Natural” foi feita em homenagem à inesperada convivência com o ídolo Caetano Veloso e, de um jeito ingênuo, é como uma carta aberta ao cantor. Já “Quem?”, com participação de Lenine, exibe um lado talvez mais sério da escrita da cantora.

Maria Gadú mostra personalidade ao se manter fiel a seu estilo, investindo, no entanto, em canções mais encorpadas do ponto de vista sonoro (agora há espaço para sax, trombone, violino, flauta e outros instrumentos). Ela inclusive define o disco como um trabalho “de banda” (no encarte bem trabalhado do CD – ponto positivo – ela aparece sempre ao lado dos músicos que a acompanham). Sem se preocupar em sair da sua zona de conforto, Maria Gadú faz um bom trabalho – sim, longe de inovar a música brasileira. Mas, no fim das contas, essa nem é a intenção.

Fonte: Rolling Stone.